27 de mai. de 2012

Microcristais revestindo as membranas das asas de um inseto vivo (Psocoptera: Psyllipsocidae) de uma caverna brasileira

Pesquisadores da Universidade Federal e Lavras (UFLA) em parceria com pesquisadores do Museu de História Natural da Cidade de Geneva e do Instituto para Ciências Geológicas da Universidade de Bern, na Suíça, publicaram estudo no qual relatam um fenômeno até então nunca observado em nenhum artrópode terrestre:
"Duas espécies de Psyllipsocus yucatan com asas negras foram encontrados com indivíduos normais das espécies em pilhas de guano produzidas pelo morcego vampiro comum Desmodus rotundus.
Vista dorsal de P. yucatan , indivíduo "normal".

Estes espécimes apresentam ambos os pares de asas dorsalmente e ventralmente recobertos por uma camada cristalina negra. Eles não exibem nenhum sinal de vitalidade reduzida no campo, e sua morfologia é completamente normal. 
P. yucatan de asas negras: a) vista dorsal; b) vista ventral

Esta camada cristalina ultrafina (1.5micrômetros), naturalmente depositada na membrana biológica, é documentada por fotografias, micrografias MEV (Microscopia Ótica de Varredura), espectroscopia de energia dispersiva (EDS) e difractometria de raios-X (XRD). Os depósitos cristalinos contêm ferro, carbono e oxigênio, mas as espécies minerais não puderam ser identificadas. O guano provavelmente desempenha um papel nesta formação; a presença de ferro pode ser a conseqüência da excreção de ferro pelo morcego vampiro comum. Este fenômeno enigmático ausenta a significância biológica óbvia, mas pode inspirar aplicações biônica. Nada similar havia sido observado em artrópodes terrestres."

O estudo foi publicado no periódico Scientific Reports do dia 15 de maio de 2012.
Para acessar o artigo original clique aqui (estudo original publicado no idioma inglês). Para baixar o estudo em pdf clique aqui.

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